Espelho do Tejo

sábado, 17 de abril de 2010

Xirabasket 2010







Publicada por Cristina à(s) 12:08 Sem comentários:
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Espelho do Tejo

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Cristina
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Corpo de corcel

Corpo de corcel

Vendaval no Tejo

Anda Rio
Corre para mim…
Necessito
do teu amor…!

Quando corres
para mim...
Esqueço logo
os meus ardores

Ver te triste
Em céu nublado
Dói no coração
dissabores

Corre a passo
com a Seara
-Olha o sol
Nela a se pôr!

Se correres
Já compassado…

Vem o vento
Lado a lado
Vê-se o Tejo
Sem nublado
…Num vendaval
de amor

Cristina

Espelho do Tejo

Linda varina com graça
na minha terra todos os dias
vende na praça.
No pé leva a chinela,
que linda saia rodada
de canastra na cabeça
lá esconde o que vai dentro dela.
A garra da mulher da praça!
Vende com muita chalaça
vem ai um pregão,
a graça que vai sair.
- Olha que bonito peixe,
leva menina bonita
p`ra o teu marido comer!
E os varino com jeito
levam ela no seu leito,
no rio
que lhes dá de comer.
Este Tejo de varinos
que passa na minha terra
ternas correntes de amor
levam o vento
em águas frias, meladas,
muitas vezes aquecidas
outras vezes embaladas
em noites de alvorada.
Espelho-me nessas águas
numa aliança de amor.
No meu peito, eternamente
guardada,
no Tejo do meu amor.

Cristina Pinheiro Moita

O rouxinol da saudade

A Vila, já foi muito grande
Passou a pequena Cidade
Mas nos meus olhos que vêem
Ela é enorme de verdade
Quando ela, eu desabito
Vai comigo um rouxinol
Que fala dela com saudade
E assim que a Ponte avisto
Apodera-se do meu peito
Uma sensação de liberdade
Corrente de campos de trigo
No rio que canta a saudade
Na tradição eu me visto
Em Vila Franca eu me dispo
Na Xira que o amor guarde

Cristina Pinheiro Moita

Vila Franca Gaiata

És menina travessa, que passa
Um gentio, a beleza de um olhar,
és a graça!
És o fundo de um rio,
Guardando segredos festivos
A voz inquieta do amor
O fado e a chalaça
Tens trabalho e pujança…
No seio criado onde a ponte, avança
Centeio e trigo a crescer em esperança
A coragem e a força guerreira
Do homem pegando na praça
Trazes a forma nua
Da poesia
No olhar de quem, por lá passa
Paisagem mais bela
Que o monte repassa
O mouchão de um sonho
Em beijo de menina
...que te abraça!

Cristina Pinheiro Moita

Mulheres do Rio

Mulheres que lavam no rio
com água e sabão,
para ganhar o pão.
Mulheres de coragem
para distracção
cantam uma canção.
Mulheres de força
com a mão no sabão,
olham para o rio
com o coração.
No campo as papoulas
onde está o cordão,
roupa branca pura
que cheira a lavado.
Mulheres do rio
que as viu partir
de alguidar na mão.
Ainda sente a saudade,
de ser embalado
na sua canção.

Cristina Pinheiro Moita

Cinzas

Guarda bem este poema
Se eu morrer não vale nada
O que vale são as penas
E as penas voam por nada

De tudo o que vale a pena
Foi o que encontrei demarcada
Quando eu morrer fecho os olhos
E a pena pára deitada

Não quero precipício de nada
Só o fogo e a alvorada
E a minha cinza espalhada
De barco
nas àguas...
Num jardim de rosas...
No rio Tejo
-Onde eu amei!
Sem pedir nada.

Cristina Pinheiro Moita


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